O caso aconteceu em Acopiara e, segundo o delegado do município, cada documento recebia um benefício federal

Corpo de idoso fica sem identificação após ele apresentar dois RGs em hospital

Um idoso de 73 anos morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19 em Acopiara, no Ceará. Ele procurou assistência médica duas vezes no hospital do município e, como apresentou RGs com nomes diferentes em cada atendimento, não foi possível emitir a certidão de óbito por falta de identificação do corpo.

Na unidade de saúde, o homem apresentou duas identificações que eram registradas em estado diferentes: Raimundo Laurentino, emitido em Rondônia; e Francisco de Assis Ferreira dos Santos, confeccionado em Goiás.

Corpo de idoso fica sem identificação após ele apresentar dois RGs em hospital

“Solicitamos uma perícia para tentar identificá-lo. Verificar se ele tinha alguma identificação no banco de dados. A perícia nos retornou inconclusiva. Ele não tem nenhuma identificação civil registrada aqui no estado do Ceará”, afirmou o delegado da cidade, Rodrigo Silva ao Sistema Verdes Mares.

Durante as investigações sobre o real nome do idoso, a Polícia descobriu que ele usava os documentos para receber dois benefícios do Governo Federal. O delegado afirmou que os parentes do homem não serão responsabilizados pelo delito.

“Cada estado da federação tem seu próprio banco de dados de identificação civil, o que possibilita que com a emissão de documentos, como certidões de nascimento e de casamento, falsificados a pessoa consiga emitir mais de um documento. Isso é um crime muito recorrente, principalmente nas fraudes contra os benefícios previdenciários”, explicou.

Sem a identificação do corpo não é possível fornecer uma certidão de óbito, explicou o titular da delegacia municipal. Atualmente, o corpo está no Instituto Médico Legal (IML) e, até a publicação deste material, nenhum parente procurou o órgão.

“Importante que possamos encontrar algum parente dele. Que se prontifique a vir até Acopiara explicar a real identificação deste senhor e receber o corpo que aguardando o sepultamento”, disse o delegado.

Denúncia   

A unidade de saúde que atendeu o idoso foi quem percebeu a diferença entre os documentos. Conforme o hospital municipal, o homem procurou assistência reclamando de sintomas da Covid-19. Na ocasião, ele apresentou uma das identificações. Após o atendimento, recebeu alta e voltou para casa. Dias depois, o idoso apresentou piora no quadro clínico e retornou ao hospital, e, dessa vez, deu entrada apresentando outro RG.

Conforme a instituição, ao procurarem o registro do paciente no sistema, os funcionários não encontraram informações sobre o primeiro atendimento, que ele afirmou ter recebido. Diante da situação, o hospital acionou a Polícia.

Os agentes de segurança foram ao local e chegaram a conversar com o idoso. Conforme informações da Polícia, ele disse ser natural de Cascavel e que tinha dois filhos. No entanto, nenhum parente foi procurar o corpo que se encontra no IML de Acopiara.

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