Quixeramobim lamenta a partida de Seu Miguel Balbino, o icônico comerciante que escreveu sua história por 101 anos

No último sábado, dia 29 de julho, a cidade de Quixeramobim, no Sertão Central, se despediu de uma figura emblemática e querida por todos: o comerciante Miguel Eloi da Silva, carinhosamente conhecido como Seu Miguel Balbino. Aos 101 anos de idade, Seu Miguel deixou um legado de história e tradição, que se entrelaça com o entorno de seu comércio, uma bodega criada em 1948 e que, mesmo após 75 anos, permanece ativa e faz parte da história do município.

A famosa bodega de Seu Miguel Balbino, localizada na Benjamim Barros, em frente ao mercadinho, sempre foi um ponto de encontro movimentado na cidade, onde gerações de quixeramobienses se reuniram para fazer compras, compartilhar histórias e trocar afetos. O comércio de Seu Miguel vendia “de um tudo”, desde o bom e velho feijão até objetos que remontavam ao passado, como as tradicionais lamparinas. Sua bodega foi um símbolo da cultura e da tradição das bodegas cearenses, que ainda resistem ao tempo e mantêm vivo o espírito acolhedor do comércio local.

Seu Miguel Balbino deixa uma grande família, composta por filhos, netos e bisnetos, que compartilharam momentos preciosos ao seu lado e perpetuam a tradição familiar e comercial iniciada há tantos anos atrás. A partida de Seu Miguel deixa uma lacuna nos corações daqueles que o conheceram e conviveram com sua sabedoria, simpatia e generosidade.

A cidade de Quixeramobim está em luto pela perda de uma de suas personalidades mais marcantes, e a memória de Seu Miguel Balbino permanecerá viva através das histórias contadas por aqueles que tiveram a oportunidade de cruzar seu caminho e compartilhar de sua amizade.

A partida de Seu Miguel nos lembra da importância de preservar e valorizar as tradições e os laços comunitários que enriquecem a história de cada cidade. Seu legado como comerciante e cidadão exemplar ecoará nas lembranças de todos que tiveram o prazer de conhecê-lo, inspirando as futuras gerações a manterem vivas as raízes que constituem a identidade cultural de Quixeramobim e do Ceará como um todo.

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