PM foi morto por reclamar que o som dos suspeitos estava mais alto que o dele, diz denúncia do MPCE
Policial militar mandou o dono do outro som automotivo desligar o aparelho. Ele obedeceu, mas voltou junto de um comparsa para matar o agente de segurança, em Russas
Carlos Eduardo foi executado próximo a um posto de combustíveis, no Município de Russas, no último dia 7 de agosto. Quatro dias depois, o MPCE denunciou Laércio Ícaro de Sousa Negreiros, 21, e Marcos Aurélio Assis de Sousa Júnior, 25, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra autoridade da Segurança Pública). A Vara Única Criminal de Russas, da Justiça Estadual, ainda não proferiu decisão sobre a denúncia.
De acordo com a denúncia, o sargento estava na companhia de seus amigos, ouvindo o som automotivo de sua propriedade, próximo a um posto de combustíveis, no Distrito de Flores, quando outros homens chegaram ao local e ligaram um som ainda mais alto, “abafando” o som da vítima.
Poucos minutos depois, Marcos Aurélio voltou na garupa de uma motocicleta, conduzida por Laércio Ícaro. Marcos desceu do veículo, sacou uma espingarda calibre 12 e atirou contra o PM, que morreu no local.
Um vídeo mostra a ação criminosa. Assista:
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) lamentou, em nota, a morte do sargento Eduardo: “O PM ingressou na Corporação em 04 de agosto de 2003 e desempenhou seu trabalho com muita dedicação e profissionalismo em prol da segurança do povo cearense. Atualmente, o policial estava lotado na 3ª Companhia do 9º Batalhão Policial Militar. O Comando da Corporação se solidariza com a dor dos familiares e amigos, ao tempo em que coloca o aparato da Instituição à disposição”.
JUSTIÇA DECRETOU PRISÕES PREVENTIVAS
Na audiência de custódia, realizada no dia 9 de agosto deste ano, a Vara Única Criminal de Russas decretou a prisão preventiva de Laércio Ícaro Negreiros e Marcos Aurélio de Sousa Júnior, como pedido pelo MPCE, “para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”. E ainda determinou a quebra do sigilo dos dados dos aparelhos telefônicos apreendidos na posse dos suspeitos.
A gravidade do crime resta demonstrada pelos elementos informativos colhidos nos autos. Segundo as informações colhidas até então, os autuados, em comunhão de esforços e unidade de desígnios, após discussão banal, teriam ido ao encontro da vítima, assassinando-a com disparo de espingarda calibre 12 no rosto. A vítima era policial militar, e foi morta emplena via pública durante uma festa, na presença de dezenas de pessoas, demonstrando frieza e ousadia dos criminosos.Lucas Sobreira de Barros FonsecaJuiz estadual
As defesas dos dois acusados não foram localizadas. No processo criminal, os advogados de Marcos Aurélio pediram para o cliente responder em liberdade, já que ele é réu primário, tem residência fixa, trabalha com carteira assinada, está “comprometido em comparecer a todos os atos processo e a não causar qualquer embaraço à atuação da justiça” e ainda “colaborou com a justiça se entregando a autoridade policial assim que soube que estava sendo procurado”.
Nossa página no Instagram
https://instagram.com/quixeramobim_news?igshid=1ar0nbn5ej0k7
Nossa página no Youtube
https://www.youtube.com/channel/UCWukWdg6Ycj5yHCXSy1GnJg?view_as=subscriber
Deixe um comentário