Seria uma baleia, um peixe-boi ou uma nova espécie? Carcaça de animal foi levada para a costa pela maré

Especialistas acreditam que pelos visíveis na imagem podem, na verdade, ser fibras musculares em estado avançado de decomposição.

Uma criatura marinha “peluda” de seis metros de comprimento foi levada pela maré para uma praia da Ilha de Dinagat, nas Filipinas.

O visitante misterioso tem intrigado os moradores. Algumas pessoas acreditam se tratar de uma nova espécie, mas os especialistas não estão convencidos.

Lucy Babey, gerente de ciência e conservação da Orca – uma organização de conservação de baleias e golfinhos baseada no Reino Unido – afirma que é a carcaça de um animal morto, provavelmente uma baleia.

“Definitivamente é uma criatura marinha em avançado estágio de decomposição”, disse Babey ao programa BBC Newsbeat.

“A carcaça mede cerca de seis metros de comprimento, mas isso obviamente não é toda a carcaça – não há cauda, ​​por isso o animal seria maior. Isso sugere que era provavelmente uma baleia”, acrescenta.

*’Poderia ser um peixe-boi’*

Segundo ela, há numerosas espécies de baleias nas Filipinas, como a baleia azul, a jubarte e a minke. Mas lá existem também manatins, mais conhecidos como peixe-boi. Esta seria outra explicação possível para a carcaça encontrada no mar.

“Infelizmente, este animal encontra-se em estágio avançado de decomposição para a gente ser capaz de fazer uma identificação confiável”, explica Babey.

Baleias e peixes-bois não são peludos, mas Babey explica que os “pelos” que se pode ver na imagem são provavelmente fibras musculares, decorrentes do processo de decomposição.

“Outras criaturas poderiam ter acelerado o processo de decomposição, mas parece uma carcaça em decomposição normal”, diz.

Segundo ela, apenas 10% das baleias e golfinhos que morrem em alto-mar acabam na costa.

“Eles podem ir para a costa por várias razões. Mas, neste caso, como é um animal que morreu há um tempo, ele poderia ter sido levado pelas ondas de uma tempestade.”

Recentemente, um terremoto atingiu a região. “Isso poderia ter feito pressão no fundo do mar, o que poderia ter trazido o animal para mais perto da superfície e da costa”, avalia Babey.

“(O terremoto) também poderia ter virado a carcaça, poderia ter causado diferenças nas marés e na força das ondas que a teriam levado para a costa.”

A especialista alerta ainda para o risco de contaminação ao se aproximar de uma carcaça como a que foi vista nas Filipinas.

“Qualquer animal em decomposição será portador de doenças, então agora eles terão que descartá-lo com segurança.”

“No Reino Unido, nós os colocamos em um aterro, mas eles também poderiam empurrar a carcaça para mais longe no mar”, explica. Com informações G1