Grupo vira réu após furtar aves em laboratório de universidade pública do Ceará
Os animais estavam na instituição após serem resgatados da posse de um dos acusados de invadir um laboratório da instituição de ensino.
Cinco pessoas viraram réus pelos crimes de tráfico de animais silvestres, maus tratos, associação criminosa, furto e lavagem de dinheiro. As denúncias, feitas pelo Ministério Público, foram aceitas pela Justiça nesta segunda-feira (17). Entre os crimes, o grupo é investigado por furtar aves que estavam em um laboratório da Universidade Estadual do Ceará (Uece), em Fortaleza.
As aves estavam no laboratório depois de terem sido encontradas, uma semana antes, em posse de um dos acusados.
Os outros são o filho do acusado, outros dois homens e uma mulher. Um dos homens é apontado como responsável por anunciar a venda dos animais pelo Facebook.
De acordo com uma das denúncias, as investigações tiveram início após o furto de araras e outros pássaros do Laboratório de Estudos Ornitológicos da Uece, que foi arrombado, no dia 13 fevereiro de 2022.
As denúncias, assinadas pelo promotor de Justiça Marcus Amorim, titular da 97ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, são resultado das investigações realizadas em parceria com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) na Operação Fauna Livre, atualmente na 6ª fase.
Operação Fauna Livre
A segunda acusação é proveniente do cumprimento de mandados de busca e apreensão, realizado no dia 8 de dezembro de 2022, pelos agentes policiais da DPMA, que se dirigiram até a residência de um dos acusados, quando foi deflagrada a 1ª fase da operação em curso.
No local, o MPCE informou que foram encontradas diversas aves com sinais de maus tratos. A partir da extração de dados do celular dele, as autoridades identificaram um dos fornecedores, que já havia sido flagrado, em julho de 2022, com aproximadamente 240 aves silvestres mantidas por ele em cativeiro e destinadas ao tráfico ilegal.
Na busca e apreensão realizada ainda na casa do acusado, também foi apreendido um veículo que estava cadastrado no nome da irmã dele. O MPCE disse que ela atuou como “laranja”, com o fim de ocultar a verdadeira propriedade do bem e a origem ilícita dos recursos usados na compra do carro.
As denúncias ressaltam ainda que dois dos réus lideram uma associação criminosa com possíveis ramificações interestaduais. O MPCE explicou que eles serão citados para responder as acusações.
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