Casarão de Água Verde é do século XIX e fica às margens de uma rodovia em Guaiúba, na Grande Fortaleza. Histórias de terror surgiram no local após a morte dos proprietários, há cerca de cinco décadas.

A sexta-feira (13) é um dia de superstições para muitas pessoas. A lenda conta que a data pode trazer má sorte àqueles que não se cuidam, além da aparição de assombrações, como as histórias que se contam há décadas nas redondezas do casarão abandonado no distrito de Água Verde, em Guaiúba, no Ceará.

A antiga residência fica no alto de um morro e é cercada por árvores de galhos retorcidos, ajudando a criar uma atmosfera típica de filme de terror. Algumas pessoas que cruzam a via em frente à casa juram ter visto pessoas mortas nas janelas ou ouvem gritos e choros.

O Casarão de Água Verde foi erguido ainda século XIX, segundo o servidor público aposentado Francisco Martins de Freitas, 77 anos, morador do distrito há mais de 50 anos e conhecedor das histórias de assombração contadas na região. “A casa quem fez foi o senhor Durval, que era dentista, homem rico daqui naquela época”, afirmou Martins.

A mulher de Martins, Cícera Martins, de 69 anos, nasceu no distrito e conta que desde criança, quando tinha 5 anos, escuta conversas de assombração em torno do casarão.

“Seu Durval fez o casarão para abrigar toda a família. Depois que ele morreu, e com o passar de uns anos, começaram as histórias de assombração como gritos de pessoas, assobios, choros, voz de pessoas e aparições de almas”, explica.

Conforme Cícera, Durval tinha um empregado com um andar peculiar por contas das suas pernas tortas. Segundo a aposentada, o trabalhador morreu de um mal-súbito no interior do casarão; desde então, ele surge na janela da residência e assobia para quem passar por perto.

“O nome dele era o Quatel, ele era conhecido por esse apelido. Tinha umas pernas tortas e morreu na propriedade. Só sei que morreu, e o povo desde quando eu era criança que conta que ele aparece do nada assobiando nas janelas e nas portas”, conta.

Ainda segundo Dona Cícera, quando as pessoas trafegavam antiga estrada — atualmente a CE-060 —para ouviam gritos e vozes estranhas. “Muitos achavam melhor ir por outra estrada para evitar passar perto do casarão.” Os sons e aparições, de acordo com Cícera, ocorrem no horário de crepúsculo ou por volta da meia-noite.

“Minha mãe dizia essas histórias de que os vendedores evitavam passar pela frente da casa. Ouviam vozes, gritos e o pessoal ficava com muito medo”, relata.

Conforme a lenda, um dos motivos de o casarão ser mal-assombrado é a presença de um cemitério no jardim da residência, já que naquela época era comum as famílias mais ricas ter o seu próprio cemitério.

Segundo a pedagoga de Guaiúba Mônica Bezerra, o cemitério atualmente não é visível devido ao crescimento da vegetação. “O cemitério ninguém sabe ao certo onde está, mas existiu sim não muito longe do casarão, mas as pessoas afirmam que ele ficava no terreno do seu Durval, primeiro proprietário da casa”.

Ponto turístico
Por conta das histórias, o Casarão de Água Verde se tornou um ponto turístico. Cícera diz que grupos de motociclistas param e vão para casa bater foto, alguns no interior e outros, com menos coragem, apenas do lado de fora.

“Muita gente aparece no casarão. Eles param com suas motos e carros. Entram na casa e ficam nas janelas e nas portas. Sempre é uma diversão.”

Apesar de receber visitantes, a residência é muitas vezes pichada e tem bastante lixo e entulho. A Prefeitura de Guaiúba afirmou que faz a limpeza do Casarão de Água Verde semanalmente e realizou uma pintura do local recentemente. A atual gestão disse também que colocou iluminação especial na época do Natal e realizou uma apresentação cultural nas últimas semanas.

Há um projeto sendo feito com objetivo de restaurar o prédio.

Nossa página no Instagram
https://www.instagram.com/quixeramobim_news/

Nossa Página no Youtube
https://www.youtube.com/channel/UCWukWdg6Ycj5yHCXSy1GnJg

Nossa página no Facebook
https://www.facebook.com/quixeramobimnews.com.br/