Na Delegacia de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Shyriu, um pastor belga de Malinois, é um dos cães que tem mais se destacado nas operações policiais. A inspetora Ana Fonteles, da unidade especializada em apurar crimes relacionados ao narcotráfico no Estado, explica que este animal detecta 13 substâncias de entorpecentes, desde as mais comuns como maconha, crack, cocaína até substâncias psicotrópicas, como ecstasy e outras drogas manipuladas em laboratórios que são menos apreendidas no Ceará, mas que também são nocivas à saúde da população.

O canil da Polícia Civil do Estado do Ceará, instalado na sede da Denarc, foi fundado em 2019 como uma ferramenta a mais na prevenção ao tráfico de entorpecentes. Atualmente são três cães no plantel, que são utilizados exclusivamente como cães de faro para entorpecentes: a cadela Palace, o cão Shyriu, ambos pastores belgas de Malinois, e a cadela Arya, uma labradora. “O Núcleo de Operação com Cães (NOC) é demandado pelas delegacias tanto da Capital como do Interior do Estado. No ano de 2020, participamos em torno de 60 operações culminando na prisão de traficantes, bem como na apreensão de drogas”, ressaltou o inspetor Dany Nixon.

“O nosso papel aqui é consubstanciar o trabalho da Denarc com o cão, que é uma ferramenta neutra. O animal não vai medir o nosso alvo de acordo com suas características. Não importa se ele é de cor branca, se é negro, seja qual for. O cão vai identificar o odor, não importa a classe social, se é rico ou se é pobre”, destaca a inspetora Ana Fonteles. Ela informa que os três cães são adultos e estão preparados para o trabalho de faro dos entorpecentes.

“No entanto, a gente passa pelo treinamento contínuo de manutenção. Para o cão, tudo é uma grande brincadeira. O animal acredita que a recompensa dele, a bolinha que utilizamos, ele vai ganhar quando detectar o odor característico. Numa operação real, a partir do momento que ele detecta o odor do entorpecente, fazemos a recompensa dele, dando o brinquedinho que ele tanto quer, daí o cão fica superfeliz.”

A inspetora explica que o cão não tem contato direto com a droga, ele apenas capta o odor do entorpecente. “Tem aquele mito que viciamos o cão. A gente não o vicia. Sempre tem alguma barreira, seja nos treinamentos ou numa situação real, temos esse cuidado de o cão não ter o contato direto com o entorpecente”. A policial civil destaca que eles dão uma total atenção para o bem-estar dos cães, preparando-os fisicamente.

“Tem dias que corremos com ele numa praça ou numa praia, quando vamos fazer treinamento com água. Há outras situações que o levamos num estande de tiro para ele estar preparado também para os estampidos e não se assuste numa situação real, porque o nosso cão corre o risco, assim como qualquer outro policial, de estar numa ocorrência que precisar da intervenção com arma de fogo. Nossos cães são preparados em todos os aspectos”, frisou.

Os cães da Polícia Civil empregados na busca de entorpecentes trabalham em média até os oito anos de idade. A inspetora explica que quando uma área de busca ao entorpecente é muito grande, a equipe policial leva dois cães para realizar a operação. E se a área é pequena, o segundo cão pode ser usado como confirmador. “O primeiro cão foi lá, detectou aquele possível foco, daí a gente passa o outro cão para confirmar. Utilizamos essa indicação para procurar a droga e efetivamente concluir o trabalho trazendo a materialidade do crime”.

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