Bombeiros resgatam sagui com suspeita de raiva que tentou atacar família no Ceará
Animal foi levado para o Centro de Zoonoses, onde ficará em observação e passará por exames.
Um macaco, sagui com suspeita de raiva foi resgatado pelos bombeiros após invadir uma casa e tentar atacar uma família e o cão de estimação no Bairro São José, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, nesta segunda-feira (25).
Conforme o Corpo de Bombeiros, os moradores da residência relataram que no fim de semana o animal apareceu nas dependências do imóvel agitado e irritado. Ele chegou a morder frutas que estavam na casa, mas parecia não se alimentar. Além disso, tentou avançar contra as pessoas e um cachorro, que não ficaram feridos.
Durante o resgate, os agentes usaram uma rede para imobilizar o animal, que foi levado ao Centro de Zoonoses da cidade para investigação de possível contágio por raiva.
Diagnóstico
![Sagui resgatado pelos bombeiros ficará em observação no Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte. — Foto: Reprodução](https://s2-g1.glbimg.com/RexYnkHCYIb1ZIIUQQD8RDdetXc=/0x0:1600x900/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/K/t/goMQEqTGi6fBkRtjBRtg/sagui-resgatado.jpg)
Sagui resgatado pelos bombeiros ficará em observação no Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte. — Foto: Reprodução
Segundo a médica veterinária Liliane de Oliveira, o sagui ficará em observação durante 15 dias e passará por exames que podem diagnosticar a raiva.
Nesse período, os veterinários irão observar o comportamento do animal e se ele apresenta dificuldades para andar e se alimentar.
No caso da constatação de alterações, o sagui será submetido a eutanásia e uma amostra de sangue será encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Caso o animal não esteja infectado, será devolvido à natureza.
Conforme o Lacen, até agosto sete saguis foram diagnosticados com raiva neste ano.
Morte por raiva
Em maio deste ano uma morte por raiva humana ocorreu na cidade de Cariús, no interior do Ceará. Há sete anos o Estado não tinha mortes pela doença.
De acordo com a Secretaria da Saúde, a vítima foi um agricultor de 36 anos, agredido por um sagui em fevereiro deste ano. A vítima só procurou atendimento no fim do mês de abril, após o início dos sintomas da doença.
Constatada a suspeita de raiva humana, o município comunicou à Área Descentralizada de Saúde e ao GT Zoonoses e o homem foi transferido para um hospital de Fortaleza, mas não resistiu.
Cenário no Estado
De 2007 a 2016, houve cinco óbitos por raiva humana no Estado, registrados nos municípios de Camocim (mordida de um sagui, em 2008), Chaval (cão, em 2010), Ipu (sagui, 2010), Jati (sagui, 2012) e Iracema (morcego, 2016).
Entre 2017 a 2022 foram realizados 236.447 atendimentos envolvendo casos antirrábicos no Ceará, sem nenhum óbito registrado.
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