Santana do Acaraú–  Na manhã deste domingo, 5, a cidade de Santana do Acaraú, na região Norte do Ceará, sofreu uma sequência de tremores de terra. O abalo chegou a assustar os moradores da Zona Rural daquele município, onde o sismo foi sentido com maior intensidade. Não houve, por parte da Polícia Militar da região, qualquer registro de pessoas feridas ou dano a patrimônio.

Abalos

Com base em relato dos moradores, os tremores ocorreram em dois momentos. O primeiro, por volta das 5h48 e o segundo, às 8h45, sendo mais intensos nas comunidades de Paus Brancos e Lagoa do Serrote. Houve relatos de pessoas que sentiram os abalos também na Zona Urbana daquele município. Após registro do ocorrido, o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que monitora os tremores de terra no Norte do Ceará, divulgará os detalhes.

Ocorrências

Entre os anos de 2008 e 2011, o município já foi afetado em diversas ocasiões por tremores de terra. Em agosto de 2009 o Distrito do Sapó tremeu, por 9 vezes seguidas. À época, a Defesa Civil registrou o abalo na ordem de 2.7 graus na escala Richter. Por conta da frequência dos abalos no município de Santana do Acaraú, a UFRN instalou um sismógrafo na localidade do Chora, para medir a intensidade dos sismos.

Estudos

De acordo com Eduardo Menezes, técnico do Laboratório de Sismologia da UFRN, em 2008, já foram registrados mais 3.000 tremores na região Norte do Ceará. O mais forte deles foi em Sobral, no ano seguinte, atingindo 4.3 graus, causando rachaduras em estruturas de concreto e derrubando móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200 quilômetros de raio, chegando a afetar cidades do litoral cearense, como Fortaleza.

Ainda segundo Eduardo Menezes, os tremores são comuns na região devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica. As fossas são ligadas ao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico, que ligam América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas. Com informações Diário do Nordeste