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Redenção é símbolo da memória da Abolição da Escravatura no Brasil após 150 anos

O monumento Negra Nua, na entrada de Redenção, é um dos símbolos do pioneirismo da abolição da escravatura no Brasil

Também conhecida como Rosal da Liberdade, a cidade de Redenção é considerada o símbolo da abolição da escravatura no Brasil. A data é comemorada neste 13 de maio, e apesar de a princesa Isabel ter sancionado a Lei Áurea no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, a antiga Vila Acarape, a pouco mais de 70Km de Fortaleza, libertou seus escravos cinco anos antes, ao primeiro dia de janeiro de 1883, com a alforria de 116 deles, além de ainda manter acervos históricos daquela época.

Hoje, oficialmente, a abolição da escravatura no Brasil completa 150 anos, mas para esta cidade cearense, o ato, praticado pelos abolicionistas, em 1882, criando a Sociedade Redentora Acarapense, lhe rendeu então o reconhecimento histórico de primeira cidade brasileira a libertar seus escravos, história essa contada no Museu Municipal da cidade, onde ainda são mantidas algumas peças e documentos comprobatórios desse feito.

Esses motivos, aliados aos vários monumentos alusivos à escravidão, e ainda o Museu Senzala Negro Liberto, onde no porão da antiga fazenda do coronel português Simião Jurumênia é preservado o cativeiro dos seus escravos, além de a Casa Grande manter ainda suas características originais, atraem dezenas de visitantes todos os meses, principalmente nesta época do ano, na maioria excursões de estudantes.

Os guias turísticos do Museu fazem questão de descrever minuciosamente o sofrimento dos negros. Também como as escravas eram tratadas e abusadas pelo seu “dono”. Ao perceberem a crueldade praticada pelo Senhor do Engenho logo o silêncio bate, de espanto, e de respeito por quem viveu acorrentado e era obrigado a trabalhar em condições subumanas. Cada detalhe impressiona o visitante, explica o guia Kleudes Saraiva.

Na entrada do antigo engenho da fazenda uma mensagem lembra que esses homens e mulheres foram arrancados das suas terras e trazidos para servirem de escravos nas plantações do Brasil. “Nosso país deve muito ao trabalho e aos ensinamentos dos povos africanos“. Neles estão incluídos costumes, a música, culinária e até a cachaça, bebida de preferência nordestina, acrescenta o recepcionista do Museu.

Fonte: Diário do Sertão Central

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