A decisão foi tomada em uma audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (19). O suspeito foi preso em flagrante nesta quinta-feira (18).


promotor de Justiça, Antônio Ricardo Brígido Nunes, suspeito de matar a tiros um idoso de 72 anos teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia nesta sexta-feira (19). Ele foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (18), apontado como responsável pelo homicídio que aconteceu dentro de uma residência no Bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O crime aconteceu na residência da vítima, e o momento que o suspeito foge do local foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o suspeito deixando a casa e entrando em um veículo atingido por outro automóvel.

Algumas pessoas aparecem correndo e arremessando objetos nele. Instantes depois o homem consegue sair do local, mas foi contido e preso na região.

De acordo com testemunhas, promotor entrou em contato com a vítima pedindo para conversar e se dirigiu até a casa dela. Ao chegar no local, houve um desentendimento, momento em que foram realizados os disparos de arma de fogo. Ele teria atirado contra os dois filhos da vítima.

O advogado de Antônio Ricardo Brígido Nunes comentou a prisão preventiva. “A decisão de hoje foi certíssima, o desembargador foi sábio. Nesse momento realmente não cabia a soltura. Eu entendo que o desembargador agiu como a situação exigia nesse momento”, declarou.

“Do mesmo jeito que nós teremos elementos para mudar essa decisão em breve, apresentaremos novos elementos para os desembargadores reanalisarem a situação da prisão preventiva na próxima segunda-feira. Foi a decisão até mais acertada até para segurança dele e preservação dele”, complementou Walmir Medeiros.

‘Amava muito os filhos’

“Comunicativo, muito extrovertido, brincalhão e amava muito os filhos.” É assim que uma familiar, que prefere não ser identificada, descreve o idoso Durval Cesar Leite de Carvalho.

Conforme a parente do idoso, Ricardo Brígido chegou ao local, perguntou se a vítima lembrava dele e atirou em seguida. Durval foi atingido por um tiro na cabeça e outro no tórax, e morreu na área da residência onde morava com a família. Ao tentar fugir do local, o promotor ainda atirou contra dois filhos da vítima, que não ficaram feridos.

Durval Cesar Leite de Carvalho, de 72 anos, foi morto a tiros por um promotor de Justiça na Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal

Durval Cesar Leite de Carvalho, de 72 anos, foi morto a tiros por um promotor de Justiça na Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal

Durval deixa a mulher, cinco filhos e sete netos. A família ainda aguarda a liberação do corpo para velar a vítima.

“A família está inconsolável. A filha só chora. O maior medo é que ele seja inocentado e saia impune”, disse a parente.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o promotor foi preso momentos após o crime, por suspeita de participação em um homicídio. Equipes da Polícia Militar, Perícia Forense do Estado do Ceará e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa foram acionados para a ocorrência. A polícia investiga a motivação do crime.

Investigação

Antes de deixar o local, o veículo do suspeito foi atingido por um automóvel — Foto: Reprodução

Antes de deixar o local, o veículo do suspeito foi atingido por um automóvel — Foto: Reprodução

O Ministério Público do Ceará (MPCE) lamentou a morte do idoso e informou que o Procurador-Geral de Justiça lavrou o auto de prisão em flagrante do promotor Antônio Ricardo Brígido Nunes Memória.

Ainda segundo o órgão, três procuradores de Justiça foram designados para conduzirem um procedimento investigatório criminal, visando à coleta de todas as evidências relativas à materialidade, à autoria e às circunstâncias relativas aos fatos.

Nesta sexta-feira (19) o Ministério Público disse que o procurador-geral de Justiça já teve a reunião com a comissão responsável pelo Procedimento Investigatório Criminal (PIC), que vai apurar o caso de homicídio envolvendo o promotor de Justiça Ricardo Memória. No encontro, foram definidos os passos da investigação, que deverá ser concluída em até 10 dias.

O PIC é um procedimento equivalente a um inquérito policial, mas conduzido por membros do Ministério Público.

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