Recuo acumulado da gasolina é de 20% em um mês; etanol tem o preço mais baixo em um ano; diesel ainda cai apenas 1,7%, bem menos do que os demais.

Os preços da gasolina, do diesel e do etanol voltaram a recuar nos postos de combustíveis esta semana, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (22).

De acordo com o levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina caiu de R$ 6,07 para R$ 5,89, uma diminuição de 3%. Trata-se do menor patamar desde a semana encerrada em 14 de agosto do ano passado (R$ 5,866). O valor máximo encontrado nos postos foi R$ 7,75.

Foi a quarta semana seguida de queda acentuada do preço da gasolina. Nesse período, o recuo acumulado é de 20%.

Já o valor médio do litro do diesel passou de R$ 7,48 para R$ 7,44, redução de 0,5%. O valor mais alto encontrado pela agência foi R$ 8,99.

No mês passado, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.

Desde que os preços dos combustíveis começaram a cair, porém, o diesel teve queda acumulada de apenas 1,7%.

Por fim, o preço médio do etanol passou de R$ 4,41 para R$ 4,32, uma queda de 2%. É o menor patamar desde a semana encerrada em 10 de julho do ano passado (R$ 4,273). Apesar da média, o levantamento chegou a encontrar oferta do etanol pelo máximo de R$ 7,89.

A ANP coletou preços em mais de 5 mil postos de combustíveis no Brasil. Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Queda da preços

A redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.

Além disso, na última quarta-feira, a Petrobras realizou a primeira redução do ano do preço de venda da gasolina para as refinarias. O valor do litro passou de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro.

A Petrobras se vale da redução dos preços do petróleo Brent desde fevereiro, que chegaram perto dos US$ 140 no estouro da guerra na Ucrânia e hoje giram em torno dos US$ 100.

Segundo a petroleira, a redução “acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Após a redução de 5%, os preços da gasolina no Brasil se igualaram aos do mercado internacional. Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença é de apenas R$ 0,01 por litro do combustível. Na data da redução, a gasolina no mercado brasileiro estava R$ 0,30 mais cara que no exterior.

O litro do diesel A (sem adição de biodiesel) continua custando, em média, R$ 0,13 a mais no mercado interno que o produto importado.

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