Preço do litro da gasolina comum no Ceará chega a R$ 8,20, diz ANP
O valor mais baixo encontrado foi de R$ 6,99 em Fortaleza. Preços subiram após reajuste da Petrobras.
O preço máximo do litro da gasolina comum encontrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em pesquisa realizada no Ceará foi de R$ 8,20. O valor foi cobrado em um posto de combustíveis na cidade de Crateús, no interior do estado. Os dados constam em levantamento feito pela agência entre os dias 13 e 19 de março.
Por outro lado, o valor mais baixo encontrado foi de R$ 6,99 em Fortaleza. Na capital, o preço mais alto levantado foi de R$ 7,99.
Os valores cresceram após o reajuste de 18,8% no preço da gasolina, anunciado pela Petrobras no dia 10 de março, após quase dois meses de valores congelados nas refinarias. A estatal justificou a alta diante do aumento da cotação do barril de petróleo no mercado internacional em função da Guerra na Ucrânia.
Veja os dados da pesquisa da ANP:
Pesquisa de valores da gasolina comum em postos do Ceará
Município Postos pesquisados Preço médio (R$) Preço mínimo (R$) Preço máximo (R$)
Crateús 7 7,956 7,880 8,200
Crato 9 7,728 7,490 7,850
Fortaleza 99 7,610 6,990 7,999
Iguatu 8 7,835 7,800 7,840
Itapipoca 6 7,860 7,830 7,999
Juazeiro do Norte 10 7,469 7,090 7,790
Limoeiro do Norte 5 7,789 7,779 7,799
Maracanaú 10 7,605 7,440 7,890
Sobral 14 7,991 7,899 7,999
Fonte: ANP
Preço pode bater R$ 9
Para o consultor na área de Petróleo e Gás e vice-presidente da Associação Comercial do Ceará (ACC), Bruno Iughetti, o preço do litro da gasolina no Ceará deve chegar a R$ 9 em curto prazo. O valor do combustível deve aumentar em meio à disparada dos preços do petróleo em decorrência da maior demanda promovida pela Guerra na Ucrânia.
“O efeito de majoração pode chegar nos postos ao redor de R$ 9 por litro em curtíssimo prazo e, a depender da duração desse conflito, poderia chegar a até R$ 10, o que seria muito negativo para a economia brasileira”, diz o consultor.
Para Iuguetti, “houve uma mudança na relação oferta e demanda, sendo que a oferta de petróleo diminuiu e com certeza a demanda aumentou, ensejando um aumento consequente no mercado internacional. Isso se reflete nos preços aqui no mercado doméstico”.
O consultor avalia que os aumentos interferem diretamente na economia brasileira, já que os valores serão “traduzidos nos fretes, no transporte de cargas e consequentemente mexendo com toda a cadeia produtiva brasileira”. Ele acredita que o crescimento deve impactar principalmente os setores do agronegócio e dos itens de consumo.
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