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Policial que agrediu advogada se justifica: “Ninguém viu o que aconteceu antes do vídeo”.

Nota de Esclarecimento do PM.

ATIRARAM TODAS AS PEDRAS.

Tenho ouvido e lido calado tudo o que anda sendo dito e feito ao meu derredor.
Não adentrarei nos fatos específicos vivenciados no último domingo na Beira Mar, isso caberá a Justiça reunir. Aguardo e confio na imparcialidade dos meus julgadores que deverão atuar com todo o desprendimento que lhe são peculiares, sem extremismos, na justa justiça.
Existem muitas verdade para além dos poucos segundos de gravação.
O que aconteceu antes do fragmento do video viralizado? Infinitos segundos, cruciais segundos. Só posso adiantar que, naquela noite, como tantas outras noites, nos meus quase 15 anos de labor, atuando na segunda profissão mais perigosa do mundo (conforme OMS), eu vesti minha farda e fui defender a sociedade, hipotecando minha vida neste universo complexo que são as atuações nas ocorrências de rua e suas múltiplas diferenças.
Não somos robôs, somos gente, seres humanos, todos esses mesmos que choram e sorriem, que só conseguem controlar 5% do cérebro, pois os outros 95% não são produzidas pela parte consciente, mas resultam das reações químicas do nosso corpo que direcionam nossas emoções, ações únicas. Aqui se sobrepesam o cortisol, adrenalina e tantos outros.
Somos peças únicas construídas por Deus e aqui na Terra, tive a oportunidade de nascer na casa do seu Raimundo e da dona Luciene, casal humilde, que como muitos itinerantes, vieram do interior para a cidade grande em busca de trabalho para criar os filhos, com esforço e dignidade, Fomos morar na periferia, algo do que sempre nos orgulhamos, pois foi lá que construímos nossa história, vivemos nossas melhores alegrias. Lembro que, como todo filho de família humilde sabe o quanto é difícil lutar para ter dinheiro para comprar o pão e o leite de manhã para se alimentar; Recordo, também, dos muitos de meus amigos de infância que perdi, pois foram vítimas da violência e outros tantos que foram presos por envolvimento com o crime. Tive meu primeiro emprego, bem jovem, em um supermercado do bairro, pois precisava ajudar nas despesas de nossa casa. Apesar de nossas dificuldades, não me afastei dos estudos, pois sabia que seria através dele, que trilharia na construção de uma história mais sólida e vencedora. Após muita luta, consegui ser soldado da Gloriosa Polícia Militar, algo que me orgulho muito e que mudou completamente minha vida, deu-me um grande degrau, pois com ele e a graça de Deus, somado a muita dedicação aos estudos, poderia galgar novos sonhos e conquistei, tornei-me oficial e nesta cidade venho servindo e protegendo a sociedade alencarina já há muitos anos, inclusive sendo condecorado por diversas vezes. Sou cristão, membro de uma comunidade evangélica do bairro, daquele mesmo onde cresci e que inconformado com o cenário de violência, desenvolvo projetos sociais, trabalhando com muitos jovens, no intuito de impedi-los dos caminhos de morte e destruição das drogas e do crime.
Outra pedra que recebi, foi tentar induzir a opinião pública de que sou misógino. Algo que jamais seria, pois não combina com o aprendizado recebido, por legado, de meu pai que é amar e respeitar as mulheres. Sou muito bem casado, amo minha esposa Carol e Deus, ainda me coroou por herança, um presente rosa, minha filha, minha amada e muito esperada Cecília.
Lembro-me dos ensinamentos do Mestre dos mestres que diz: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e à medida que usarem, também será usada para medir vocês. (MT. 7:1,2)

Temos uma situação nada agradável para resolver, não venhamos a fazer como os falsos mestres que usam as leis de forma grosseira para tirar proveito, sem prazer na verdade e com juízo preparado. Pois como o mestre do amor disse: “Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecado” (João 8:7). É fácil relatar os erros dos outros, difícil é reconhecer os nossos, por isso prefiro seguir a Cristo e repetir “eu também não o condeno, vá e não peques mais”(João 8:11).

Sou Allan, simplesmente, humano…

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