Joyce traficante

Joyce comandava o tráfico no Pici e Planalto Pici, e ordenava mortes na área, segundo a PM

Uma mulher, apontada como líder de uma facção e suspeita de ter ordenado vários assassinatos na periferia de Fortaleza foi, finalmente, presa na noite desta terça-feira após uma caçada que se já se arrastava a meses. A prisão da chefona do tráfico de drogas em vários bairros da zona Oeste da Capital foi até comemorada pela Polícia.

Joyce Costa Barros, 34 anos, finalmente foi localizada pela Polícia Militar durante um cerco de patrulhas do 18º BPM nos bairros Pici e Planalto Pici, na noite de ontem. Uma denúncia levou os militares a uma residência localizada na Rua José Antônio, onde a traficante se encontrava em companhia de um jovem identificado como Felipe Vieira Rodrigues 22 anos.

Com os dois suspeitos, a Polícia apreendeu drogas e material para embalagem, além de dinheiro oriundo da contabilidade do intenso tráfico que era comandado por Joyce desde que seu marido, o chefe dos pontos de vendas de drogas nos dois bairros, foi preso e transferido para um presídio.

Mandava matar

O casal detido pela PM foi encaminhado ao plantão do 10º DP (Antônio Bezerra) e autuado em flagrante por crime de tráfico de drogas. Como já tinha contra si mandados de prisão preventiva – por envolvimento em várias mortes – Joyce foi transferida, ainda na noite passada, para a carceragem feminina da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).

Conforme as investigações, por ser a “representante” da facção criminosa na área, a mulher tinha o poder de mandar seus comparsas fazer as cobranças da venda e consumo de drogas que eram vendidas por sua quadrilha na região, e quem não pagava era morto.

“Temos as informações de que ela mandou matar muitas pessoas. Trata-se de uma traficante de altíssima periculosidade e que era temida aqui”, disse um policial que participou da prisão de Joyce. Ainda segundo o agente, a mulher mudava constantemente de endereço já que era também caçada pelos inimigos da facção rival.

A prisão da mulher deve ser comunicada ainda nesta quarta-feira à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que investiga parte dos assassinatos ocorridos na região da Capital onde Joyce era a chefona do tráfico.