Quatro pessoas foram baleadas e mortas e outras cinco ficaram feridas, entre elas, o delegado que comandava a operação para prender a quadrilha



 

O tiroteio ocorreu quando os vigilantes retiravam os malotes da lotérica

As autoridades tentam identificar as quatro pessoas mortas nesta terça-feira durante ataque de uma quadrilha a um carro-forte na porta do Supermercado Cometa, localizado na Avenida Cônego de Castro, no bairro Parque São José, em Fortaleza. Bandidos armados tentaram roubar os malotes com dinheiro em espécie de uma lotérica que funciona no supermercado e foram surpreendidos por policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

A equipe, comandada pelo delegado Raphael Vilarinho, já sabia dos planos da quadrilha e montou uma “campana” (vigilância disfarçada) no local à espera dos criminosos. No momento em que eles desembarcaram de dois carros, já com as armas em punho, para render os vigilantes, os policiais apareceram, se estabelecendo um tiroteio. Dos quatro mortos, três seriam integrantes do bando. A quarta pessoa seria um cidadão que estava nas proximidades e ficou no fogo cruzado, sendo atingido por uma bala perdida.

Os quatro corpos foram encaminhados à Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).  Nenhum deles tinha documentação e, portanto, não registrados na condição de indigentes.  As autoridades aguardam a presença de familiares para que sejam feitos os reconhecimentos e a identificação oficial.

O ataque

Era por volta de 17h45 quando os criminosos tentaram atacar o carro-forte da empresa Corpvs que tinha acabado de chegar ao Supermercado Cometa. No momento em que os vigilantes entraram na lotérica para recolher os malotes, foram atacados pelos assaltantes. A Polícia revidou, tendo início o tiroteio.

Além dos três bandidos e do cidadão que acabaram mortos no confronto, mais cinco pessoas ficaram feridas, sendo dois vigilantes do carro-forte, dois clientes da lotérica, além do delegado titular da DRF. Nenhuma delas corre risco de morte. Os vigilantes foram baleados nas pernas e nos pés. Os clientes foram lesionados por estilhaços. Já o delegado recebeu um tiro em uma das pernas e foi encaminhado ao IJF-Centro em uma ambulância do Samu e recebeu atendimento de urgência, sendo liberado depois.