Piranhas são vistas durante enchentes nas ruas de Porto Alegre, no RS
A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul tem deixado impacto nas cidades, incluindo a presença de peixes no espaço urbano. Moradores de Porto Alegre registraram, por exemplo, palometas (Serrasalmus maculatus), uma espécie de piranha, nas ruas da capital.
De acordo com informações do jornal O Globo, esses animais são conhecidos na região por conta da conexão entre os rios Uruguai, Jacuí e Guaíba. A presença das piranhas nas ruas foi confirmada por relatos de populares ao Corpo de Bombeiros.
Um dos casos foi relatado pelo analista de tecnologia da informação Victor Warth, que encontrou um dos peixes a cerca de cinco quilômetros de distância do Rio Jacuí, perto da entrada de um bueiro. “Não sei se foi por ali que acabou chegando. Estava simplesmente boiando, já sem vida. Chovia bastante no momento”, descreveu ao jornal Zero Hora.
Nas redes sociais, alguns vídeos ganharam repercussão por meio de usuários que lamentaram a presença da espécie, que foi arrastada até a cidade por conta das enchentes.
“Não basta tudo que já aconteceu, agora tem relatos de palometa. Nas águas em Porto Alegre/RS. Para quem não sabe, palometa são como piranhas. A presença desses peixes nas águas que inundam as ruas da cidade é resultado da expansão das bacias hidrográficas nos últimos anos. Provavelmente foram arrastadas até a cidade com a força dos rios”, relatou uma publicação no X.
Pescadores da região relatam que a presença desses animais nos rios gerava prejuízos para o ecossistema local. Por não ser uma espécie natural da área, a piranha acaba causando desequilíbrio ecológico por atacar outros peixes.
TRAGÉDIA NO RS
O Rio Grande do Sul registrou pelo menos 151 mortos e 538,1 mil desalojados por conta da tragédia das enchentes que assolam o estado. Os números foram atualizados pela Defesa Civil na tarde desta quinta-feira (16).
O boletim contabiliza mais de 2,28 milhões de pessoas afetadas pelas fortes chuvas. Ainda estão desaparecidas 104 pessoas e 806 ficaram feridas. A Defesa Civil aponta ainda que mais de 77,2 mil pessoas foram resgatadas, além de 11.932 animais. Atuam nesses salvamentos 27.651 agentes públicos federais, do Rio Grande do Sul e de estados parceiros.
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