O ex-governador Ciro Gomes (PDT) reclamou de aliança com o PT após o partido cogitar o apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, em vez de ao pedetista André Figueiredo. “Essas alianças (PT-PDT) são de conveniência e eu estou cansado disto”, afirmou na tarde deste domingo em entrevista ao Blog Política.
A decisão de apoiar Maia na Câmara, tanto pelo PT como pelo PCdoB, foi duramente criticada por parlamentares, aliados e militantes das legendas, que argumentam que a aliança está sendo feita com “golpistas”, responsáveis pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). No Senado, as siglas também estudavam o apoio a Eunício Oliveira (PMDB), aliado de Michel Temer (PMDB).
Ciro afirmou que vai “lutar fraternalmente e com muita contundência para que o PT não cometa essa absoluto absurdo e desatino que destrói qualquer confiabilidade numa narrativa que é essencial para reorganizar a democracia brasileira”. O pedetista chegou a afirmar que o PT “não aprendeu nada” ao querer fazer aliança com os “canalhas” que praticaram o “golpe”.
“Como é que pode o PT, que é o partido da Dilma, agora votar no Eunício Oliveira e no Rodrigo Maia para compor maiorias de corruptos, em troca de carguinhos? O PT não aprendeu nada, será possível isso?”, questionou.
Após as várias críticas, porém, o PT já estuda desistir do apoio a Maia e Eunício. Em artigo divulgado ontem à imprensa, o presidente do PT, Rui Falcão, admitiu “divergências” a respeito da decisão do Diretório Nacional, que no dia 20 autorizou acordos com candidatos da base do governo Michel Temer. A eleição acontece dia 2 de fevereiro.
Candidatura em 2018
Sobre sua candidatura à presidência da República em 2018, Ciro afirmou que ela continua “firme e forte se essa for a vontade do partido”. Ponderou, entretanto, que vai “pensar cem vezes antes de ser candidato”. Ele também disse que “nunca se iludiu” com o apoio do PT à sua candidatura e que o partido está “certo” em lançar o Lula ao cargo.
Com Informações O Povo online