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Após assassinato de agente penitenciário, presos de 10 cadeias do interior ficarão 30 dias sem receber visitas

Hands (of a young child) clutching prison bars - Selective focus.

Bandidos de facções presos em cadeias e presídios estão tramando a morte de agentes 

 

Reginaldo Soares, agente morto em 2016             Carlos Bezerra, agente morto na semana passada

  

Escondeu a arma do agente            Atirou na vítima (menor)            Pilotou a moto na fuga

Dez cadeias públicas da região Centro-Sul do estado ficarão durante 30 dias sem visitas aos presos. A determinação partiu da Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), responsável pela administração do Sistema Penitenciário do Ceará. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), na última terça-feira (6), quatro dias após o assassinato de um agente penitenciário na cidade de Orós (a 402Km de Fortaleza). A trama do crime teria sido ordenada por bandidos da facção PCC naquele presídio.

Conforme o documento, assinado pelo secretário em exercício da Sejus, Sandro Camilo Carvalho, o assassinato do agente Carlos Antônio Bezerra, na última sexta-feira (2), foi “uma afronta, retaliação e revide à instituição pública do estado do Ceará”. Ele citou também o caso do assassinato do agente penitenciário Reginaldo Soares da Silva, morto em situação semelhante no dia 25 de novembro de 2016.

No documento, o secretário ressalta, ainda, que a medida tem como objetivo “permitir uma série de revistas que serão feitas nas 10 cadeias públicas para a retirada de material ilícito e garantir o adequado funcionamento dos estabelecimentos penais e a segurança dos servidores do Sistema prisional”.

Sem visitas

Conforme a determinação, durante o prazo de 30 dias, ficarão sem visita os presos das cadeias públicas e presídios de 10 municípios. São eles:Cedro, Icó, Iguatu, Ipaumirim, Jucás, Lavras da Mangabeira, Mombaça, Orós, Várzea Alegre e Acopiara.

No mesmo documento, o secretário em exercício admite que há “carência de recursos humanos para a manutenção da ordem e da garantia da segurança comunitária”. Ele explica que os contatos físicos e íntimos dos presos com as visitas têm se tornado uma “ferramenta” de coordenação e execução de ordens para beneficiar organizações criminosas e tais contatos têm servido como meio eficaz para a difusão de mensagens que estimulam ataques aos servidores penitenciários, através de mensagens portadas na internet.

Prisões

Ainda ontem, ao menos, três pessoas foram presas em Orós suspeitas de participação na morte do agente. Uma delas foi detida ainda de posse da arma e do distintivo da vítima, além de uma segunda arma que pode ter sido a utilizada para matar o servidor

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