As negociações, informou Maia, foram interrompidas em outubro, por conta dos efeitos da pandemia. Inicialmente, o projeto é que a Toyota instale no Ceará um centro de distribuição de peças. Mas há conversas para que, numa fase mais avançada do investimento, o Estado se torne sede de uma montadora de veículos híbridos ou elétricos.
Tais diálogos não têm relação direta com o fechamento da fábrica da Troller, em Horizonte, anunciado ontem pela Ford, mas constituem uma esperança de fortalecimento da indústria automobilística cearense para o futuro.
Repensar o modelo
Na avaliação de Maia, diante da saída de marcas importantes do País, como a Mercedes-Benz e a Ford, a saída para a indústria automobilística é repensar o modelo produtivo convencional, e, neste sentido, o Ceará tem trabalhado com foco em atrair uma cadeia ligada à produção de veículos sustentáveis.
“A Europa vai substituir o uso de todos os combustíveis fósseis até 2030 na área de transporte. São sinais de uma nova indústria automobilística”, diz o secretário, citando também o crescimento da Tesla, cujo fundador, Elon Musk, tornou-se o homem mais rico do mundo.
Investidor para a Troller
Como as negociações com a Toyota ocorrem no sentido de atrair empreendimentos completamente novos ao Ceará, paralelamente, o Estado buscará, junto com a Ford, um investidor para manter a fábrica da Troller, em Horizonte.
De acordo com Maia, o cenário é difícil para o setor, mas o Ceará tem uma vantagem em relação às outras unidades da empresa no Brasil, pois a fábrica de Horizonte será a única a seguir operando até o fim do ano. “O Governo do estado vai procurar uma saída para a Ford com a chegada de um investidor, apesar do difícil momento”.
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