Conforme a Polícia Federal, os outros dois mandados foram cumpridos em Porto Alegre e Nova Bassano. A operação investiga uma organização criminosa formada por hackers. Os criminosos estariam invadindo sistemas de instituições públicas brasileiras e vazamento informações confidenciais das autoridades.
Cerca de 200 mil servidores e autoridades teriam sido prejudicados pelo grupo. Há informação que um destes vazamentos foi o de dados do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Houve diligências no Ceará e Rio Grande do Sul, com a participação de, pelo menos, 20 policiais federais.
Investigação
De acordo com o superintendente Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, José Antonio Dornelles de Oliveira, a investigação teve início há 30 dias, a partir de notícias veiculadas na imprensa sobre ataques cibernéticos. O delegado regional de Investigação e Combate Organizado, Alessandro Maciel Lopes, acrescentou que os materiais apreendidos nas casas dos suspeitos devem auxiliar o desenrolar da investigação.
“Na realidade, a operação visa investigar todos estes ataques. É inegável que dentre estes estamos investigando sim as questões envolvendo o vazamento de dados do presidente da República. A partir da fase ostensiva, com as buscas que foram um sucesso, porque conseguimos acessar os dados dos computadores, o trabalho de investigação e perícia poderão confirmar as suspeitas ou não. Agora depende da fase pericial para detectar efetivamente quais órgãos. É importante que se ressalte a questão da invasão de dados de vários servidores públicos, inclusive, no Rio de Janeiro tivemos invasão a dados pessoais de militares, de pessoas ligadas diretamente à questão da segurança”, disse Alessandro Maciel.
Os policiais destacaram que há motivação política para os ataques, e os dados obtidos de forma ilegal também vinham sendo utilizados para que os criminosos realizassem compras fraudulentas na internet.
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