Médicos retiram tumor do tamanho de uma laranja do cérebro de paciente do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim
Cirurgia levou cerca de 10 horas e contou com a participação de oito profissionais da saúde.
A equipe de profissionais da saúde do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, no interior do Ceará, retirou um tumor do tamanho de uma laranja do cérebro de uma paciente. Com cerca de 9 centímetros, o tumor cerebral foi o maior registrado na unidade desde o início do serviço, em 2014.
O tumor estava na parte frontal do cérebro de uma mulher natural de Ibaretama, no Ceará. A região é responsável pela elaboração do comportamento e das emoções.
Tumores desse tamanho são considerados gigantes, como explica o chefe de Neurocirurgia do hospital, Rafael Fonseca.
“Era um meningioma, ele é benigno; mas com o crescimento, vai se tornando agressivo pelo impacto na compressão do cérebro. É uma cirurgia longa, delicada; é preciso ter paciência para que se consiga retirá-lo com segurança”, disse Rafael Fonseca.
O procedimento de remoção, realizado em março, levou cerca de 10 horas e teve a participação de oito profissionais de saúde, incluindo dois neurocirurgiões, anestesistas, instrumentadores e técnicos em enfermagem.
Após a cirurgia, a paciente ficou internada no Hospital do Sertão Central por mais uma semana e recebeu alta após apresentar quadro estável. Ela continua sendo acompanhada pela equipe neurocirúrgica no pós-operatório.
Alta complexidade
Hospital do Sertão Central, em Quixeramobim, no interior do Ceará — Foto: Governo do Estado/Divulgação
Ainda conforme a Sesa, embora nove centímetros possa parecer algo pequeno, é o tamanho de uma lesão expansiva em uma pessoa viva, sinalizando uma situação de alta complexidade.
Para o chefe da Neurocirurgia do hospital, no entanto, devido ao fortalecimento da regionalização da saúde, pacientes nessas condições residentes no Sertão cearense hoje conseguem acessar o serviço necessário.
“O trabalho que fazemos nesta região representa uma grande qualidade na assistência integral. Se não houvesse um equipamento como o HRSC, com essas proporções, a paciente teria de ir a Fortaleza para fazer a cirurgia. Com a regionalização dos serviços, conseguimos manter a integralização da saúde na própria região onde o usuário reside”, avalia Rafael Fonseca.
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