Açude Tijuquinha seca da noite para o dia
Reprodução Facebook
O açude Tijuquinha, em Baturité, a 95 quilômetros de Fortaleza, passou, de um dia para o outro, de completamente cheio, e após sangrar, para totalmente seco. A barragem atingiu a sua capacidade máxima, de 881 mil m3, segundo os dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), no último dia 15. De um dia para o outro, o açude ficou completamente sem água e a população estranhou a situação.
Segundo a assessoria de imprensa da Cogerh, foi realizada uma operação de desassoreamento do açude, com o objetivo de melhorar a qualidade da água e, por isso, o reservatório secou. Mas, ainda segundo a assessoria, o reservatório já está recebendo recarga das chuvas novamente.
Por conta da localização do açude Tijuquinha, na Serra de Baturité, a assessoria de comunicação informou que o açude ocupa um volume intenso do reservatório. O pedido de desassoreamento foi realizado pela prefeitura de Baturité à Cogerh. A maneira para fazer o desassoreamento de um açude como o Tijuquinha seria liberando pela descarga de fundo que já existe, para tentar melhorar a qualidade da água e para a retirada do máximo possível de lama.
No caso do Tijuquinha, foram dois dias para ele ser completamente seco. A liberação é feita para o rio de mesmo nome, o Tijuquinha. A água vai levando a lama presente no açude e, dassa forma, a nova recarga é de água limpa. O desassoreamento foi realizado no Tijuquinha, ainda segundo a assessoria de imprensa da Cogerh, “porque é certo que ele terá recarga”. “Todos os anos ele sangra, independente do inverno. O açude tem as características ideais para fazer isto. Tem uma recarga sempre certa e tem que desassorear para melhorar a qualidade e a quantidade de água”, informa a assessoria.
A água do açude, quando é feito o desassoreamento, desce no rio Tijuquinha até se encontrar com o rio Aracoiaba. Os sedimentos vão decantando à medida que vão descendo no fluxo do rio. Por fim, chega no açude Aracoiaba.
O prefeito de Baturité Assis Arruda (PDT) confirmou que entrou em contato com a Cogerh, que é a gestora do açude, para que fosse feito o necessário para a limpeza do manancial. “Quando escoamos a água, saiu um odor terrível”. Antes de fazer a limpeza, de acordo com o prefeito, a Fundação Cearense de Meteorologia foi consultada e garantiu que teria chuvas. “Inclusive, já recuperamos em 70 centímetros o manancial”, disse. O POVO
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